segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Perros de Montevidéu

Muitos cães passeiam pelas praças de Montevidéu. Estão na guia, conduzidos por seus donos. Felizes, aproveitam o Sol do fim da Primavera e parecem cumprimentar a todos que encontram, cachorros e pessoas. Alguns deles estavam soltos, mas não pareciam perdidos. Em Colônia do Sacramento um Golden nos seguiu, queria só um pouco de carinho. Segundo a nossa guia, ele está acostumado a seguir grupos de turistas.

Parece que todo o morador de Montevidéu tem um cachorro. É comum vê-los aguardando o dono em portas de supermercados e restaurantes. Ter um cachorro mostra o grau de socialização de uma comunidade. Eu já havia observado isto em outras cidades. As pessoas que conduzem cães nas ruas param para conversar com outras na mesma situação e sempre dão atenção para aqueles que querem fazer um carinho no cachorro. Os cães podem funcionar como cupidos em muitos casos.
Em Montevidéu pude observar uma outra característica nessa relação entre humanos e seus perros. No Uruguai eles parecem fazer parte também da história. O quadro a óleo que retrata o herói nacional José Artigas libertando Montevidéu da Espanha, instalado no plenário da Câmara dos Deputados, acima da Mesa Diretora, tem dois cachorros no primeiro plano.
No centro da tela está Artigas, montado e empunhando a espada, rodeado de soldados e civis. No canto direito da tela, foram retratados dois cachorros. Um deles olha para Artigas, e até parece sentir orgulho, e o outro está deitado, já curtindo a liberdade conquistada.


No Museu do Gaúcho, na Avenida 18 de Julho, centro de Montevidéu, também há perros. Neste museu eles repetem situações da vida cotidiana dos gaúchos.
Na praia, entre Carrasco e Pocitos, apesar dos avisos para que não circulem cães, eles correm alegres para todos os lados. Brincam na água fria, fuçam a areia e parecem conversar entre si.
Os perros de Montevidéu levam uma excelente vida de cachorro!