segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Caiu na rede é cão e gato

É cada vez maior o número de histórias envolvendo cães e gatos
publicadas nas redes sociais. Passei a seguir alguns perfis, como o
@AndaNews, @segundachance e @queridocachorro, mas há muito mais no
mundo virtual. E todos eles preocupados em proteger pets perdidos ou
vítimas de maus tratos na vida real.

O @AndaNews vai mais além, fala de bichos de todas as espécies e conta
casos de sucesso em que animais aprisionados em jaulas de zoológicos
são alvo de campanhas humanitárias e enviados para santuários
silvestres. Onde, se espera, viverão felizes para sempre.
Há casos terríveis de crueldade, confesso que não consigo abrir todos
os posts para ler. Evito alguns para preservar minha saúde.
Inacreditável o que algumas pessoas fazem com os pobres bichinhos
indefesos. Principalmente cachorros. Os cães adoram gente, precisam de
alguém para cuidar deles. Quando perdidos, seguem uma pessoa na rua e
olham com aquela carinha linda querendo dizer “me ajuda”.
Faltam políticas públicas para proteger os pets. No Brasil, a
irresponsabilidade é enorme. Tem gente que pega uma ninhada inteira de
filhotes de cão ou gato e joga na rua. Isto deveria ser crime. Gente
que viaja e abandona seu bichinho. E por aí vai.
Na Europa, de um modo geral, não há cachorros soltos nas ruas. Todo
pet tem um responsável. E eles podem andar de ônibus ou de trem,
entram em lojas e restaurantes e são bem comportados. O cenário mudou
um pouco recentemente, soube, com a crise financeira que varreu o
mundo. Li que muitos pets foram abandonados nas ruas em países
europeus, onde muitas pessoas perderam emprego, dinheiro e imóveis.
O caso é que não consigo pensar minha vida sem um adorável cãozinho ao
meu lado. Tive vários, todos amados, que viveram até chegar o dia de
partir, já velhinhos. Apenas um, o querido Saroba, boxer albino,
partiu antes do tempo por falha da família, que esqueceu de aplicar a
anti-rábica. Foi muito triste vê-lo doente. Ele não atacou ninguém,
mas, por precaução, todos nós recebemos a vacina anti-rábica. Foram 15
aplicações na barriga. Pior que a injeção foi ver o Saroba partir
antes da hora.
Lembro muito do queridíssimo Yuki. Um vira-lata enorme, preto e
branco, que decidiu morar lá em casa quando eu tinha uns 10 anos de
idade. Me seguia pra todo o lugar. Eu de bicicleta e ele correndo
atrás. Até ao colégio ia comigo e ficava esperando no portão. Duas
vezes a “carrocinha” o pegou e fomos buscar de táxi.
Ele era um cão livre, sem coleira. Naquela época o comum era não usar
coleira e andar na rua à vontade. Yuki sempre soube voltar pra casa.
Quando morreu eu já estava casada. Pelos nossos cálculos, ele deve ter
vivido uns 20 anos. Depois que partiu, meu pai se referia a ele como
“o falecido Yuki” e sempre tínhamos uma boa história pra contar sobre
este amado cachorro.

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